terça-feira, 13 de dezembro de 2005

X - Amor Proibido


Terei eu que encarar os mesmos desafios?
Provar para todos que sou capaz de afundar?
No mínimo sinal de perigo
Seria eu capaz de,aos prantos,implorar
Por um pouco de carinho
Por um resquício do teu olhar?

Ou seria eu capaz de expor o corpo a fogo?
E curar tantas cicatrizes com a dor?
Sentar-me num canto
Fingir,aos prantos,me entregar
À morte e às chamas
Só para,um última vez,poder te abraçar
E sentir teu calor?

Descansa nestes braços que acolheram tuas derrotas
Apanharam teus pedaços no chão e te refizeram
Abraça este corpo que já te levou às estrelas
Com o simples toque do coração
E das mãos que a ti deram
amor.

Terei eu razão em dizer que tu para mim viestes?
Se nunca,de fato,te vi perto de mim?
Queria poder apenas
Te convencer que amenas
Foram as dores que me permitiste sofrer
O pior foi sentir o teu carinho
E não mais o ter!

Descansa uma última vez,reconheço minha derrota
A muralha que nos separa te impede
De me olhar
De me ouvir
De me sentir
De lembrar com carinho do que um dia pareceu eterno

Descansa sob os olhos que te oferecem um amor verdadeiro
Prometo não tocar-te,serei apenas teu confidente
Conta-me quem te domina,qual o teu segredo
Do que devo ter medo
O que devo sentir em oposição ao que sentes,
além de amor.


José Augusto Mendes Lobato

13/12/05

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Quem já não amou quem não devia amar?

=)

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