domingo, 29 de março de 2009

Aos loucos

Inteligência é virtude de poucos, dizem,
e ai de quem tentar aferi-la de pequenas coisas!
Não há mundaneidade, tampouco informalidade,
Nas belas invenções, rasuras e intervenções
(todas idealizadas por loucos);

Há mensagem, transgressão, anormalidade,
em suas pretensas invenções filosóficas;
há uma tradição em derrubar paradigmas rotos
e trazer a poucos a linguagem bela e sem retóricas
da subjetividade:

A verdade é que não dependem de fatos ou veracidade,
que jamais absorvem críticas,
jamais ouvem o que lhes deveria ser dito,
Uma total ausência de humildade:

É,
são frágeis, estes nossos belos artistas,
que de tão performistas e cheios de si,
de tão umbiguistas, pretensiosos e vis,
nos revelam a força de um vazio de ideias,
a atual fraqueza da outrora bela,
agora indesejável, arte.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Noise and confusion

You heard them:
guess you´ve got some orders to follow tonight
Someone´s got to let go the warmth of this land,
there´s a newborn fantasy
in which a newbie feels so high and untamed;

Like ever.
Feels like a forever echo of noisy nights:
Two suns in the sunset and shapeless forms of life;
It´s quite a shortly endless trip
in which even a giant feels weak and alike.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Du temps perdu


Diz-se...
"Versos vazios"?
Opacos, carentes de nexo, decentes, por vez - ou seriam decadentes?
Você, amigo, decide: crie-os e recrie-os em sua mente;

Pois se há algo que, por aqui, faz falta
são vozes dissidentes,
que, como em tudo o que tenha a ver com (pseudo) arte,
são poucas, inábeis e nada mais que intermitentes

[Pretensiosas, sim.]

Mesmo sem uma linha nova de poesia,
há quem implique, crie interpretações, decida
Que sim, há, por trás de versos e fracas rimas,
alguém que massageia o ego e se alucina
ouvindo ofensas e dores-de-cotovelo recorrentes;

Ah, mas se há algo que, aqui, faz falta,
são réplicas contidas, respostas tortas e discursos latentes:

Se há uma coisa que se pode chamar de (pseudo) quase-arte é esta poesia frágil:
Esta linguagem ágil e traçoeira que sempre em nós se faz presente.