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Não,eu não vou falar de arrependimentos
De falsas esperanças
Do sentimento de perda
Da solidão e da falsa impressão
De que pago por algo de errado que tenha feito
Não irei fingir ter boas lembranças
De um ano que nem mais vejo
Quando olho pra trás;
Quanta paz,e quanta falsidade
Toda aquela liberdade
Só para que eu cometesse os mesmos erros
E nos mesmos caio,
E nos mesmos estou preso
E dos mesmos sou escravo
Por mais segundos e dias e anos de desespero
E a mim mesmo me rendo
Me rendo à inconstância do meu passo
Que assim,errante e desgovernado
Trilha o caminho torto e sem rumo que invento
Mas não,não vou forçar palavras em minha boca
Não farei de tanta dor e tanta frustração teu alimento
Não mais darei ao mundo um pouco de meu desespero
Não,eu não vou mais falar de arrependimentos.
José Augusto Mendes Lobato 11/02/06
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