quinta-feira, 12 de julho de 2012

73min


Não conheço bem a dor da perda,
E, talvez por sabê-lo
Temo te encontrar de olhos cerrados,
Cansados, deixando a vida
Escapar pelos poros quase-fechados
Por remendos e farrapos
De uma alma enfraquecida;

Te vi – e vejo – nos pequenos sinais
Junto comigo, no andar, no jeito
Por isso mesmo, sempre me dói o peito
Quando penso em ti, sempre à risca,
Sobreviver e sofrer por tantos passados,
Erros já vencidos, perdoados
Por mim, por ti, por todos:
Por toda a gente que está aqui, contigo,
Na torcida:

Hoje pensei em desfalecer, entregar os pontos,
Chorar por ti
Mas me aguento em pé
Só para não ter que encarar isso;
Tão dispensável,
Tão indesejável
Tão – espero – improvável
despedida.

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