domingo, 31 de agosto de 2008

Downtown



Quando transferida à pequenez de versos,
à simplicidade de rimas,
deixa de ser concreto, cimento, rua, cidade;
vira palco de velhas histórias
que reavivam a tez de noites cálidas e cristalinas

Conforme os olhos se acostumam à luz
e, de tão opacas, as curvas borram, contorcem e fingem,
deixa ela de ser presente, passado, futurismo,
afunda a si e às suas próprias memórias
num quase-tempo de espaços vagos que, aqui, colidem,
vagos e, por pouco, aparentes.

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