quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Gerúndio

Há cansaço, e nasce aos poucos,
nas muitas coisas que vou fazendo
- ou arrastando? Que versos loucos...
Não há mais fúria, nem sentimento
Em mim ou nos outros,

Pois somos poucos
dentro de muitos que vão se enchendo
- de tanta merda! Seríamos ela...?
Não há loucura, nem sanidade
Só há remendo
onde outrora vi vaidade.

Pois fomos loucos,
e, entre tantos, fomos crescendo
- à sombra de homens de bem,
Não os perdemos, tampouco tentemos
Esquecê-los

Eles, como meu sangue, minha pele e meus pêlos
São recortes de quem já não está mais aqui
Só há remendos, pequenos espelhos
e hoje só vejo neles pequenas saudades.

Nenhum comentário: