domingo, 2 de setembro de 2007

Pouca poesia

Há pouca poesia e muita prosa neste mundo de deflexões;
Muitas respostas prontas e pouca paciência
Muitos pudores, inocência e falsas incompreensões

Como se um fato, uma verdade, não precedesse a existência
De exageros, adereços e românticas exaltações!

Há uma força doentia que nos implode quaisquer desejos
E nos faz, a cada dia, mais escravos dos sentidos
Como se não bastasse ver-nos iguais no espelho

Como se um pouco de prolixidade não nos tornasse mais vivos!
Lhes afirmo, queridos:
esta é uma era de decadência,
pois o que resta de humanidade e existência
está encerrado na poeira casta dos livros.

Nenhum comentário: