Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
V - Frente a frente
A que direção pretendes levar teus sonhos?
Para que ponto olhas quando cospes as mesmas palavras?
Cadê teu molde para dar sentido a tantas menções
Cadê teu foco se insistes em me dar
Respostas centradas?
Eu desejo de mim mesmo a força para esquecer
De tudo que dissemos
De tudo que fizemos
Em nome de algo que fingia ter
Dentro de mim
Sob qual álibi vais me arrancar os olhos?
Por quantos anos vai fingir conhecer a si?
Cadê suas palavras quando me encaras frente a frente
Cadê tua coragem?
Cadê tua vontade de reagir?
Respostas sem pé nem cabeça não vão mais me iludir
Eu desejo que teu seio ainda vá por alguém bater
Por alguém menos intenso
Menos propenso
A te amar e lutar pelo sentimento
A se anular por ti
A chuva negra ainda banha teus sentimentos
E ainda olhas para cima como que pedindo para que ela caia
E perfure teu corpo
E te arranque a alma
E te dê de novo a calma
E tire minha eterna memória de dentro de ti.
José Augusto Mendes Lobato 06/12/05
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Um título de poema que coincide com um disco sombrio
("V",Legião Urbana).Uma certa sombra que à espreita me
implora para dedicar dez minutos de produção textual para ti.
Memória morta,
memória fria.
Ainda bonita,
mas não existe mais.
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