Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2005
IV - Negativo
Minha voz consome tuas palavras
Teus medos se tornam as minhas armas
Eu tenho em mãos a força que almejas ter
Tuas metas se tornam atos
Vazios,premeditados
Forçados em impulsos que insistes em sentir
Não dê o braço a torcer
Sabes que não podes contar com mais ninguém
Além de teu reflexo para formar um par
Dê as mãos para mim,te darei um destino
Um abismo,um caminho
Uma direção para olhar
Minha pele consome tua carne
Te tornas parte de mim
A cada gota de sangue que finges derramar
Em nome de ti
Alguém que nem mais existe
Uma sombra do que foi e agora já reside
Como uma triste memória que grita para se lembrar
Não finja ter algo a dizer
Sabes que as palavras não mais à boca te vêm
Não tens mais motivo para sozinho andar
Dá teu corpo a mim
Tua alma já me pertence
Olhe para os lados e pense
Há sequer um lugar para onde possas fugir?
Nem mesmo uma razão há:
Já és outra parte de mim.
José Augusto Mendes Lobato
02/12/05
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Um comentário:
vc escreve mto bem. com a alma mesmo.. parabéns
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