Quando curvas os ombros
E me olhas de canto
Como se tivesse te deixado assim, ao relento
Ouvindo o doce silêncio do vento
Cortando e cada dia arrancando
De ti os sorrisos, sinto-os retidos em triste canto
Ecoando em meus ouvidos.
Quando deslizo em teus lábios
E sinto o seio, em acalanto,
Pulsando em veias, me espanto
Descubro que, em teu silêncio tenho um grito
E nos mais obscenos, suspiros,
Como se nossos corpos ficassem ecoando nas paredes
Nos arrancando os sentidos.
É essa noite sem máscaras
Sob o luar das almas antrelaçadas
Sob os lençóis feitos de roupas rasgadas
Que perdemos a compostura
E nos entregamos à loucura
E à indecência de amar sem sentir
Mas não quero sentir, em nós, culpa
Cante para mim assim, deixa minh´alma ser tua
Chega de pequenos rituais!
Quero um romance assim contraditório
Carnal e vil, surreal e frio, tórrido
Em que possamos nos entregar à loucura
E a inocência de deitar todas as noites
E nunca mais dormir.
José Augusto Mendes Lobato 19/08/06
3 comentários:
genial
te gosto... nao vai fazer sentido nenhum pra vc, mas pra trip de lsd q eu to tendo aqui amigo... rsrsr, faz TODO O SENTIDO! Viva a sua poesia cara!
O doce amargo do teu beijo faz reacender o desejo de um pulsar desperto pela melodia dos ventos que nos fazem arrepiar.
Postar um comentário