Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
quinta-feira, 2 de março de 2006
XXXI - Rasante
Foi tão bom quebrar o silêncio
Tão bom lembrar de tantos dias
De quantas outras horas
De quantas outras memórias
Daquele absoluto carinho que ganhei por mim
É tão bom me sentir indefeso
Ao ver justo o que vejo
Esses passos errantes que me fazem imperfeito
Mas certo do que tenho em mãos
Certo do que sinto
Certo do espaço que ocupas em mim
Sim,nem mesmo anos
Nem mesmo a eternidade
Me tira do peito a lembrança
De dias lindos que vivi
E eu,
Que já me senti,por tantas vezes,revoltado
Em ter em mãos um amor acabado
De repente,percebi
Que sim,esse amor por horas renasce
Nesse sentimento de pura amizade
Em um amor em liberdade que sinto aqui
Dentro de mim
Foi tão bom sentir o que penso
Ouvir o que penso
Perdoar quem o disse a mim
Em nome das memórias
Da construção da história
Do que um dia senti
E eu,
Que já nem mais sonho acordado
Confesso que acho que não esteja errado
Em ter por ti afeto,paz,enfim...
Esse carinho,essa amizade
Dita perigosa,me parece verdade
Não quero ter mágoas,
Não quero ter esse peso
Quero dar asas a mim mesmo
Voar mais longe
E eu vôo,errante assim
Escrevendo outros versos
Lendo outros livros
Chorando por outros motivos
Sorrindo por outros ventos
Caindo em outras armadilhas
Quebrando outros encantos
Dizendo adeus a outros planos
Nunca mais aos prantos
Aprendendo a sorrir um pouco mais para mim
Aprendendo a ser a cada dia mais feliz,assim.
Paz.
Sons.
Sol.
Sal.
José Augusto Mendes Lobato 02/03/06
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Um comentário:
Adalberto Fernandes
Guto, fiz uma resumida nesse teu poema e coloquei um quê de popular nele, olha o que deu =) quem sabe não rola alguma coisa com a letra
final de semana
É tão bom me ver indefeso
Ao ver justo o que eu vejo
um espaço pra rememorar
E eu que já fui às vezes revoltado
hoje guardo no teu retrato
um sorriso a descansar
E eu que nem mais sonho acordado
o futebol nem me dá mais salário
apenas o fazia pra te enraivecer
voltava então dali da esquina
dizia pra não trazer bebida
mas sim um grande amor
pra você
Hoje escrevo outros versos
mais curtos, meio incertos
mas sempre com o fortuito
de te ver.
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