Não conheço bem a dor
da perda,
E, talvez por sabê-lo
Temo te encontrar de
olhos cerrados,
Cansados, deixando a
vida
Escapar pelos poros
quase-fechados
Por remendos e
farrapos
De uma alma
enfraquecida;
Te vi – e vejo – nos pequenos
sinais
Junto comigo, no
andar, no jeito
Por isso mesmo, sempre
me dói o peito
Quando penso em ti,
sempre à risca,
Sobreviver e sofrer
por tantos passados,
Erros já vencidos, perdoados
Por mim, por ti, por
todos:
Por toda a gente que
está aqui, contigo,
Na torcida:
Hoje pensei em
desfalecer, entregar os pontos,
Chorar por ti
Mas me aguento em pé
Só para não ter que
encarar isso;
Tão dispensável,
Tão dispensável,
Tão indesejável
Tão – espero –
improvável
despedida.
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