Não estavas consciente
(tampouco nós),
mesmo assim, apertei
tuas mãos,
senti que era ouvido;
Despedi-me de ti, e o(s)
sentido(s)
Parecia(m) a todo
momento
Querer fugir
Dali.
Agora, já distante,
Com o coração rouco,
Sabendo que estás
longe
(Embora não morto),
Encontro teus passos,
Tua voz e teus atos (em mim)
E busco, assim,
encontrar meu espaço
Nesse mundo – agora – cinza
e oco;
Não tinha nada em
mente
quando, pela última
vez, te ouvi
ao telefone;
mesmo assim, doeu-me o
peito,
aquele adeus foi tão
abrupto,
tão insuspeito,
que sinto que ainda há
muito a te dizer;
Ainda não sei estar
longe de ti,
Mas um dia aprendo
Um dia te reencontro
Um dia, talvez, o
tempo
se faça sentir
Passar por mim.
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Descansa em paz, meu pai querido.
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