Dizes a mim que perdestes a subjetividade,
como se alguém a houvesse arrancado de tuas mãos à força,
como se tudo o que te fosse cotidiano não servisse à mente,
e, sim, fosse apenas remendo de uma redoma fosca,
dona de um inegável vazio repleto de assertivas e verdades intermitentes;
Brados aos quatro ventos não criarão, em ti, individualidade:
nesses gestos e trejeitos que a ti são impostos, não há existência,
como não há qualquer retórica, tampouco razão, reflexão ou debate,
resta-nos seguir adiante e, mergulhados em rios de objetividade,
traçar frases prontas em linguagem chula, como que celebrando a própria demência;
Tudo porque, ao contrário do que dizes, não perdestes, em momento algum, qualquer singularidade.
O que vives e finges vale poucas linhas, e as linhas de tua vida são pura modernidade:
retilíneas, medíocres, frágeis, eternas e, no sentido oposto, fugidias, quase que imersas em sua própria complexidade;
Um comentário:
não sei da onde vem essas tuas inspirações para poesia. pro título eu sei: bailão...! hauahuahuhauhaua.
te amo!
Postar um comentário