domingo, 30 de setembro de 2012

3h05


Pensei sentir tuas mãos coladas às minhas,
Como se, de um dia para o outro, voltássemos à vida;
Como se, de novo, apenas alguns segundos me separassem
Da tua voz, da tua saudade,
Da nossa amizade,
Da tua alma presente – e da tua mente viva;

Não, não me habituei:
Ainda perco o equilíbrio sempre que nos escuto
Que me olho no espelho e te vejo lá, robusto,
Vivendo em mim, em minha saudade,
Em meus olhos ausentes –
Doentes, disfarçados pela rotina;

Devias estar aqui,
E se não estás
É porque, lá no fundo,
Sei – sabemos – que foste embora
De uma vez,
Só uma vez, e, infelizmente,
De verdade.

Nenhum comentário: