quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Lexotan

Uma vez disse para o cara que via no espelho
Que um dia tudo faria sentido
Que tudo que havia vivido
Se provaria diferente

E um pouco menos sofrido.

Mas esse mesmo cara riu da minha
Cara.
Tirou de meus lábios um sorriso
Lembrou que esse cara indeciso
Um dia, tinha sido homem

E, talvez, um pouco menino.

Ganhando a vida fazendo graça
Levando tapas na cara e rindo
Quiçá via o mundo indo e vindo
E continuava aquele homem

Urbano, tão inerte e frio.

É como dizem por aí: essa cidade sem alma
Nos arranca o que sobra no peito
Empurra-nos, em goles frios de calma,
Pílulas, fumaça e ar rarefeito

Quem sabe seja a hora
De dar as mãos à desgraça
E viver se olhando no espelho?

Um comentário:

Leandro disse...

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