Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
Pedaços de mim
Se uma imagem vale mil palavras,
quantas mil imagens valerão um grito?
Quantas cores, quantos contrastes,
e quantas partes terei no tão infinito
Espaço, encarcerado no quarto: Preso
estou, se abrir a cortina é escapar ileso: Vou,
vencer assim, congelado em uma imagem inerte
Sem vida, energia, cor
E se tudo que vivi não valeu nada
E se nada que valeu um dia faz sentido
E se o teu mundo começa aonde a utopia acaba
Meus passos são círculos,
todos circunscritos diante de mim.
E se algum dia a luz cortar as paredes
Perfurar meu peito, tornar-me imperfeito novamente
Se, mais uma vez, a vontade cessar
Que meus passos estejam perdidos
Que esteja minh´alma em um abismo
Descansando congelada em nova imagem,
Que mil imagens valham mais do que pedaços de mim.
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