Eu proclamo decadência:
estes olhos já não enxergam estrelas
Estas mãos já não lhe apalpam as veias
E as sensações que tinha se perderam
Absortas em si mesmas, nas teias
de fraqueza e infortúnio, solidão e incerteza.
Eu proclamo demência:
O que vivo são dias embaralhados
Como cartas em mãos que as espalham
E a luta que travei contra o cansaço,
é a luta que lutei para marcar meus passos
Depois olho para trás e me descubro desgraçado:
Eu nunca sei, e nem saberei
Se a decadência atravessou a luz do dia
Ou se as cortinas fecharam-se à vida,
E, em meio às noites e frias e o álcool, me arrancaram as estrelas.
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