- Vêm todos assim, envoltos em uma cortina de sobriedade
Sérios e esguios, deslizam frios sob nossos narizes
E nos calam as bocas cheias de vangloriações
- Infelizes os que teimam em julgar verdade
O olhar à parte de ilusões sem limites
- São ingênuos, ora!
Quem há de te dizer que tua princesa encantada
Não passa de mais uma puta drogada
A correr descontrolada pelas ruas do Leblon?
- Coitados, demoram a dormir esperando casal e filhos
Acham que todos são beatos enrustidos?
- Que enfiem então, debaixo do tapete
Seus narizes lustrosos e seus lábios ungidos em mel e leite
E vejam que não há mais nada no mundo que não seja sujeira.
E que de tão podres, viramos gente
Falsa moralista, infeliz e, por inércia, rasteira.
José Augusto Mendes Lobato 25/07/06
Um comentário:
NO final das contas, todos resíduam podres. Seja por si, ou por inércia ao movimento alheio.
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