quarta-feira, 30 de novembro de 2005

II - Flores mortas


As mãos buscam uma parede onde possam se fincar
Tentar buscar um chão
Onde a alma possa se apoiar
Por trás do corpo,buscam um coração
Que não mais bate por ninguém
E os olhos tentam chorar

mas não conseguem!
As lágrimas congelaram
Suspensas no ar,refletem o medo
E os sonhos que nunca se concretizaram

E a calma e o desespero
se afrontam tal qual duas faces diante do espelho.

Quem é são o bastante para afirmar
Que a dor se combate com o desprezo
E que o desprezo cessa o amar?
Por trás das falsas imagens,não há razão
Nem mesmo lágrimas para se dividir
Quando a esperança acabar
E trouxer consigo a solidão

As mãos recebem
Flores mortas,entrelaçadas
Suspenso no ar,resta o aroma
Da seiva morta a escorrer
e sangrar
as imagens desfiguradas.

E a esperança se confunde com a ilusão
Tal qual loucura e razão que se espelham

A alma,enfim,acha seu apoio e dá as mãos
à insanidade:
Está entregue.

José Augusto Mendes Lobato

30/11/05

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Um acesso de desespero de um outro grande amigo?
Uma situação inventada apenas para preencher este
espaço?
Talvez.
Sim,os resultados que mudariam minha vida já vieram.
Sucesso,graças a Deus.
Sim,minha vida mudou.Para ainda melhor.

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