Lembras de quando sentiamo-nos únicos,
e do sangue que corria nos pulsos, outrora vivo,
que agora arrasta-se, hesitante, contra o peito;
Lembras de tudo que sentíamos?
Parecia-nos honroso viver perdidos
entre desejos conexos e idéias errantes,
como se o que nos resta de humanidade
clamasse aos berros, verdades,
que nos levassem a conclusões vis,
jovens, loucas, delirantes:
Garanto-lhes, homens de bem
Quando há um ponto final e muito a recordar
Algo de errado acontece,
e não é desespero, tampouco pesar,
É a certeza de que, antes de hoje,
sempre houve um ontem mais aconchegante.
Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Dezenove meses de...
Vivências, pequenas, mas não menos importantes
que, de meros retalhos,
tornaram-se pedaços de passos cantantes
Surpresas, essas, sim, digo a ti: tão grandes
lembram, aos poucos, que há cansaço
mas sempre espaço no mundo para novos amantes
Mesmo enquanto haja mormaço
em teus olhos, nos meus
há um azul relutante
E, por ti, sei que amar
Mesmo sem o saber
É escolha sem pesar,
e, entre eu e você,
já tenho muito o que recordar,
embora não precise o fazer,
Pois te amo, e, não obstante,
o clamo.
que, de meros retalhos,
tornaram-se pedaços de passos cantantes
Surpresas, essas, sim, digo a ti: tão grandes
lembram, aos poucos, que há cansaço
mas sempre espaço no mundo para novos amantes
Mesmo enquanto haja mormaço
em teus olhos, nos meus
há um azul relutante
E, por ti, sei que amar
Mesmo sem o saber
É escolha sem pesar,
e, entre eu e você,
já tenho muito o que recordar,
embora não precise o fazer,
Pois te amo, e, não obstante,
o clamo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Ville
Como gostaria de encontrar aquilo
Aquele monte de fumaça e comida fast-food
Aquela gente pálida, perdida,
como que vencida pela correria
Quilos de livros, cadernos e paredes azuis
Sentiria-me vivo ao acordar num susto
Atrasado sem jamais ter saído de casa
E aqueles carros, buzinas e espasmos
de gente berrando, se despedaçando
Sem nem ao menos ter saído do carro
Que ironia, pois aqueles loucos
Deus sabe!, eles sonham com um pouco de paz
Enquanto a gente, que vive enforcado entre árvores, arranha-céus e serpentes
Aguarda a história dar voltas e ver se, pra cá, alguém traz
Modernidade, cultura, vaidade, ruas largas, concreto cinza
Cinemas, bordéis, teatros, céus avermelhados em noites frias
Desespero, pressa, esperteza, correria diária, frieza, razão
Fumaça, fast-food, gente ensandecida, efervescência,
amor e poluição!
Aquele monte de fumaça e comida fast-food
Aquela gente pálida, perdida,
como que vencida pela correria
Quilos de livros, cadernos e paredes azuis
Sentiria-me vivo ao acordar num susto
Atrasado sem jamais ter saído de casa
E aqueles carros, buzinas e espasmos
de gente berrando, se despedaçando
Sem nem ao menos ter saído do carro
Que ironia, pois aqueles loucos
Deus sabe!, eles sonham com um pouco de paz
Enquanto a gente, que vive enforcado entre árvores, arranha-céus e serpentes
Aguarda a história dar voltas e ver se, pra cá, alguém traz
Modernidade, cultura, vaidade, ruas largas, concreto cinza
Cinemas, bordéis, teatros, céus avermelhados em noites frias
Desespero, pressa, esperteza, correria diária, frieza, razão
Fumaça, fast-food, gente ensandecida, efervescência,
amor e poluição!
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