Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Prolixo
Acorda, levanta, come, fuma, toma banho, anda,
Rua!
É todo dia a mesma confusão,
rotina cíclica, hipertensão,
e não me venha com mais conselhos!
Chega, senta, lê, escreve, cochila, disfarça,
Pensa, repensa, supõe, argumenta,
E vai pra casa;
Mais um cigarro pra acalmar os sentidos
Mais uma pílula pra reavivar a alma.
12 horas, 13 horas, 13 e meia, 14 horas, 14 e meia,
Rua!
Não adianta fingir organização,
o caos é o mesmo companheiro todo dia:
A insônia, poeirenta paixão!
Senta, conversa, arruma o banco, acende outro,
Chega, senta, lê, escreve, reflete
E, de novo, sai correndo;
Na parada de ônibus, dá prum cochilo
E a Coca-Cola Light faz as vezes do veneno!
Passa o dia com vontade de sumir
por entre linhas e mais linhas de hipertexto;
Depois, chega em casa e sorri
pro yuppie prolixo que vê no espelho.
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