Os corpos alimentam a terra banhada de desespero
As mãos se entrelaçam jovens vendendo almas a esmo
Enquanto passos firmam pés sujos de lama
Uns gritam por paz, outros não saem da cama
(E gritam, ao menos uma vez, a verdade)
E gritam por liberdade nas ruas metálicas
O cheiro penetrante, nos cantos das escadas
O semblante da tortura de viver de olhos fechados
Aguardando dias melhores que mantém-se intocados
(Relembrando algo que deixou pra trás)
Um dito novo século...
A juventude dança embrigada, sob outros lençóis
Entorpecida pela fumaça, pelas noites a sós
Pelos amores inacabados, refletidos e transtornados em redes sem nós
Sentimentos metálicos, frios; carnais
Restam apenas escravos dessas vidas tão mortais
Dar às lágrimas abrigo, deixá-las deitar
Sob lábios fechados:
Palavras não valem mais...
Um dito novo século,
Mais alguma esperança
É alimentada em meu peito,
Já recebo com desconfiança
O pão e o calor em meu peito,
O alimento de mais dias de paz...
José Augusto Mendes Lobato 02/06/06
Um comentário:
Porra Guto!
Tá muito doido isso!!
Já te disse o que eu achei né seu modernoso.
=)
acho que dá até pra fazer uma música ai em cima... hehehe
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