Respirem ódio
Alimentem seus desejos
Dançem nus contemplando
A arte falha refletida no espelho
Um outro dia, então, chorem
Lembrem-se da insignificância
De seus dias vagos e suas noites entorpecidas
De tamanha deprimência,
Inquestionável vingança no peito
Imedível inconstância dos segundos
Que passam e lhe dão à morte em leito.
Exalem álcool e fumaça
Dos poros de suas almas
Questionando um mundo roto
Com os olhos marejados em lágrimas
No outro dia, então, lembrem
Que o passado não é um espelho
Tão quebrado e descontínuo
Desprovido de orgulho ou desprezo:
É seu próprio desatino
Ver beleza no que sentem
E do que sentem, não ter medo.
Sempre lembrem-se, porém,
Que estou dentro de vocês mesmos.
José Augusto Mendes Lobato 05/06/06
Um comentário:
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