quinta-feira, 28 de julho de 2011

Decay


Abriu as janelas,
Deixou a lufada de vento entrar no peito
e, com toda a exigência da situação,
calou-se, cigarro em mãos;

Descansou um pouco,
Lembrou do que lhe disse,
Do que faltou ouvir,
Das lacunas, não-ditos, entrelinhas,
Pensou consigo mesmo:
Melhor assim,
O que convir!

Beijou o próprio punho,
Deixou atrás da porta o amor próprio,
O próprio respeito,
E, corpo saudável, mente limpa,
Jogou-se fora
Pela janela.
No parapeito.

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