Sem pretensões, sem referências pseudoliterárias, sem joguetes verbais de grande complexidade, sem autores obscuros de referência, sem nada. Só escrita.
domingo, 2 de maio de 2010
Pretensão
É tão fácil, mas tão fácil
presumir que todos são assim, vis e inconsequentes;
irresponsáveis travestidos de jovens promissores e emergentes,
fugitivos de sua própria vida, do dia-a-dia quente daquela cidade esquecida, inóspita,
calorenta, fracassada, falida,
deprimente
É tão fácil - mas nada válido -
criticar, generalizar, aproveitar a tal postura crítica e valente
para disparar todo tipo de observação, ponderação - asneira,
como se a vivência não falasse tão alto quanto a pretensão
de muito julgar, avaliar,
falar pelos cotovelos e para quem quiser ler
que todo viajante, migrante, é louco,
que todo cuidado é pouco
à hora de fazê-los encarar
a vida de cão que se insinua à frente;
Talvez veja assim por preguiça de se explicar,
ou avaliar as próprias ideias,
ou, quem sabe, generalizá-las demais tenha lá seu charme;
A verdade é que - doa a quem doer -
há aquele cheirinho de frustração no ar,
aquelas meias-palavras e citações cheias de mal estar
de quem por falta de oportunidade - ou coragem - ficou por lá
e agora vive assim, a si e aos outros remoendo
Inveja,
ou raiva,
ou ciúmes,
ou a consciência de que está brigando com tudo e todos,
talvez consigo.
E perdendo.
* Recadinho sutil. Como diria uma amiga, "Deus abençoe os chatos, pentelhos, imbecis e etc. de plantão".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
podias até ser mais direto, hauhauhauahua
Postar um comentário