Ainda que esteja em silêncio, diz mais do que muitos.
Diz, pois em seus olhos há a tristeza de mil universos,
a pobreza de rimas e versos envelhecidos pelo desuso;
Ainda que a fraqueza de seus gestos denuncie embriaguez,
seduz tê-lo ao lado e contemplar a acidez dos tempos,
pois em suas frases de aparente pequenez,
há o ódio e a clareza de mares revoltos,
absortos em uma luta própria com a insensatez dos ventos;
Quando ele admitir ter, em seus ídolos imortais, um falso alento,
diga para ele "que ainda há muita beleza nesse mundo:
nem tudo já lhe foi exposto!":
Provavelmente, responder-te-á que não são necessários disfarces
Quando o espelho, por si só, já reflete duas faces
de um mesmo homem mudo, frágil, descrente,
quase um mundo, vivo ou morto - ou aparente -;
Ele, mesmo assim, fala em silêncio o que muitos pensam
mas não têm coragem de dizer;
Pois em sua prosa há tristeza, mas, também, argumento que a enriqueça
e renegue a fraqueza de nossos prazeres intermitentes,
nossa ânsia de bem-viver!
Ainda que a tez de suas rugas denuncie atraso e passadismo,
tenham certeza: ele afirma, a quem quer que seja,
que o futuro é tão certo, e o entre-atos tão jocoso e febril,
que nada adiante fingir não ver, nele, um reflexo,
um convite forçoso e algo poético à evolução humana,
tão torpe, necessária, involuntária e senil.
Diz, pois em seus olhos há a tristeza de mil universos,
a pobreza de rimas e versos envelhecidos pelo desuso;
Ainda que a fraqueza de seus gestos denuncie embriaguez,
seduz tê-lo ao lado e contemplar a acidez dos tempos,
pois em suas frases de aparente pequenez,
há o ódio e a clareza de mares revoltos,
absortos em uma luta própria com a insensatez dos ventos;
Quando ele admitir ter, em seus ídolos imortais, um falso alento,
diga para ele "que ainda há muita beleza nesse mundo:
nem tudo já lhe foi exposto!":
Provavelmente, responder-te-á que não são necessários disfarces
Quando o espelho, por si só, já reflete duas faces
de um mesmo homem mudo, frágil, descrente,
quase um mundo, vivo ou morto - ou aparente -;
Ele, mesmo assim, fala em silêncio o que muitos pensam
mas não têm coragem de dizer;
Pois em sua prosa há tristeza, mas, também, argumento que a enriqueça
e renegue a fraqueza de nossos prazeres intermitentes,
nossa ânsia de bem-viver!
Ainda que a tez de suas rugas denuncie atraso e passadismo,
tenham certeza: ele afirma, a quem quer que seja,
que o futuro é tão certo, e o entre-atos tão jocoso e febril,
que nada adiante fingir não ver, nele, um reflexo,
um convite forçoso e algo poético à evolução humana,
tão torpe, necessária, involuntária e senil.
3 comentários:
fala machado
olha, amor, que legal! parabéns!
te amo, vida
:*
Uma das melhores coisas q vc ja fez. Aplausos ao poeta que resiste ao jornalista na luta diária do teu peito!
Postar um comentário