Há pouca poesia e muita prosa neste mundo de deflexões;
Muitas respostas prontas e pouca paciência
Muitos pudores, inocência e falsas incompreensões
Como se um fato, uma verdade, não precedesse a existência
De exageros, adereços e românticas exaltações!
Há uma força doentia que nos implode quaisquer desejos
E nos faz, a cada dia, mais escravos dos sentidos
Como se não bastasse ver-nos iguais no espelho
Como se um pouco de prolixidade não nos tornasse mais vivos!
Lhes afirmo, queridos:
esta é uma era de decadência,
pois o que resta de humanidade e existência
está encerrado na poeira casta dos livros.
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