Somos todos iguais
Perante o medo, respondendo sempre com o desespero
Buscando paz
Em abraços sujos de sangue
Congelando nossas almas, nossos corpos
E nossos olhos; e nossos sonhos, aonde estão?
Em nome de algo que nem acreditamos
Os apagamos, e vemos, mais uma vez
Mais "paz" nos tirando a liberdade das mãos.
Você sempre se sente atrás?
Como se, assistindo um filme, sorrisse
Esperando respostas que nunca vêm
Suas lágrimas já não caem
Sentimentos são ficção, tal qual as horas que assiste passar
Se reciclam, sobre as mesmas regras e convenções
E ainda finge que algo lhe faz feliz
Sorri por um triz, faca e pílulas em mãos, diante do espelho
Seu melhor companheiro
Mas, no fundo, sabe que não tem coragem
Joga tudo no lixo e retoma a realidade
Luzes, Câmera, Ação.
"Estou me sentindo só
Diante da busca por algo que desconheço
E o pior
é ver que nada do que desconheço existe.
Congelando, sentindo frio, sorrindo vil
Sem que nem porque
Em nome de um mundo que pretendo fingir existir só para mim
E para o coração que se afoga em meu peito
Em um mar de razões para não ter razão para sentir."
José Augusto Mendes Lobato 04/05/06
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